Carla, Rodrigo & Eduardo

Uma história contada ao contrário...

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Meu anjo


Nosssssssssssa que anjo heim!

Pois é olhando esta foto e depois de alguns comentários comecei a pensar... a lembrar.
O Rodrigo não era um Deus grego, longe disto. Mas ele não era feio, era bem gatinho. Pelo menos na minha visão de gato. Era o tipo de homen que eu gosto, e que me atrai olhares. Cabelos negros, olhos expressivos, óculos (tipo Clark Kent) ta bom eu adorava o seriado, e desde antes do Rodrigo ja gostava deste tipo de homen, então quando comecei a namorar o Rodrigo, tipo, influencie ele na maneira como se arrumar! Graças a Deus deu certo, ele gostou do novo estilo, por que o estilo antigo, nossa era de morrer! Horrivel! hehe. Ele se vestia bem, gostava das roupas que eu comprava pra ele, sempre me pedia opnião, confiava no meu bom gosto. Calça aparecendo a cueca? jamais!!!! Boné pra sair ou correntonas??? NUNCA. Definitivamente não era Rapper nem pagodeiro! Graças a deus, odeio este tipo de homen rsrsrsrs
Não sou fã de homen bombado, mas o Rodrigão tinha lá seus músculos definidos, bundinha empinada, barriguinha boa e coxa grossa (uiiii!). Eu me lembro q gostava de ficar olhando ele tomar banho. As vezes ia pro banheiro e ficava la, sentada conversando com ele , dando risada e observando ele tomar banho, fazendo graças e brincadeiras. Eu gostava do que via, ele era gostoso (uiiii de novo!), mignon, mas gostoso! Eu via varias meninas olhando para ele. Confesso que tinha ciumes, mas sabe, ACHO q ele não me traia. Não nos ultimos anos, talvez nos primeiros algumas escapadelas, mas traição mesmo acho q não (PS:ele não sabia que eu pensava assim hehe). Mas dava pra perceber como ele gostava de mim, mulher sente isto, mulher quando tem alguma coisa errada sente. Mas eu sentia que ele me amava, dava pra ver nos olhos.
Fora isto ele era carinhoso, muito. Tá, ninguém consegue ser carinhoso 24hs. Tinha dia que ele brigava com o chefe (que era, depois de mim, a única pessoa que tirava ele dos serio) e não tava lá de muitos amores. Mas tinhamos uma mania: não conseguiamos dormir sem pezinho de sanduiche (hehe). Deitavamos ficavamos de conchinha e os pes sempre se entrelaçavam em forma de sanduiche, parece estranho, não sei explicar como faz, so sei q toda a noite encaixavamos direitinho e nenhum dos dois conseguia dormir sem o pé. Affff ate brigados: "-Tá cara me dá o pé ai porra." Era assim, pequenos rituais diários. "-Levanta o pescoço porra" Pra mim levantar a cabeça e ele por o braço embaixo, pra mim dormir no braço dele. Ele adorava quando eu deitava no peito dele pra dormir, dizia que gostava de sentir a minha pele, ficava fazendo cafuné ate eu dormir.Talves estes costumes fizeam durar tanto. Era o carinho q tinhamos. A necessidade de ter a presença, mesmo querendo o pescoço um do outro. Tinhamos raiva, brigavamos, mas tinhamos que estar ali, sempre juntos. Fazendo sempre as mesmas coisas. Por que? Por que eramos amigos, cumplices. A Melhor companhia um do outro, a melhor opnião, o melhor porto seguro. Sou uma pessoa dificil, não sei expressar meus sentimentos. E ele foi ate hoje a unica pessoa que conheceu a verdadeira Carla. Não consigo demonstrar meus sentimentos. Quando ele morreu, era esse o meu desespero: uma sensação de que eu não seria mais compreendida. Eu simplismente não me deixo ser fraca pros outros, tenho necessidade de me mostrar sempre forte. Pra ele não. Eu sentava no sofa, deitava no colo dele e chorava, de raiva ou de dor, de medo ou te incerteza. Com mais ninguém eu consigo ser assim, odeio chorar na frente dos outros. Nem minha melhor amiga consegue isto. Depois q ele morreu chorei pouco, e nestes momentos, chorei sozinha. Eu so me sentia EU com ele, eu demostrava o q se passava comigo junto dele. Ele já não era mais um companheiro, ele era a extensão do meu corpo, se eu estava com ele, era como estar comigo mesma. Ele sabia disto. As pessoas dizem como ele me aguentou tanto tempo, por que eu sou bem complicada. Mas ninguem conhecia a Carla q ele conheceu, NINGUEM mesmo. Confesso q eu era bem implicante com ele, mandona mesmo, mas ele sabia que por tras dakilo, tinha uma pessoa frágil. Ele me conhecia.
Tenho saudade disto.
Talvez para as pessoas que leen este blog pareça que eu to fazendo dele um "Deus" so pq ele morreu. Bom, não é não. A gente tinha os momentos de raiva, mas o que eu consegui com ele realmente não espero viver com mais ninguem. Não igual. O carinho que tinhamos apesar das brigas (que eram constantes), a cumplicidade apesar da rotina, não deixavamos ficar longe. Não saiamos sozinhos, onde um ia o outro ia também, lá vai a familia trapo, nos momentos ruins ou bons, tinhamos que fazer as coisas juntos, por que um era a melhor companhia do outro. No enterro da minha avó ele não pode ir, a empresa não liberou alegando que não era a avó dele. Ele ficou chateado e como tinha começado há pouco tempo não pode mesmo faltar. Mas ficou me ligando toda hora, pra saber de mim. De noite, quando chegou, me colocou no colo, fez um chá e me deixou chorar, ele sabia q eu não tinha chorado ainda, ele sabia q eu não gostava de chorar pros outros, fiquei ali, falando falando falando ate que dormi. Não esqueço deste dia nunca, uns meses depois foi a vez da avó dele falecer. Graças a Deus eu pude estar lá com ele, foi complicado pra ele, e eu fiz a mesma coisa q ele fez. Por que eu sabia q eu estar ali ja bastava pra ter o apoio q ele precisava. Tem vezes q so de saber q tem a presença da pessoa faz bem.
Bom o post ta ficando grande....
eu começei com a ideia de falar de um assunto,
acabei terminado com outro,
mas não faz mal,
é tudo saudade mesmo...
Ainda amo demais,
como faz para deixar de amar???

Um comentário:

Kelly disse...

Não deixe de mar, nunca amiga, pq amor de verdade não acaba nunca!!!!!
Beijãoo.te adoroo!!
fique bem!!